Que saudade de escrever... nem sei por onde começar... só sei que não é hora de começar um blog novo, afinal, não quero esquecer quem eu sou.. é aqui tem muito de mim.
Hoje foi um dia estranho, dei um cano no trabalho e fui ver a banda de "uns amigos", no momento distantes. Esperava uma recepção calorosa, afinal, estou fora do rolê tem um tempo, e fui de surpresa, tipo: "ahá pegadinha do malandro; olha quem está aqui?; quem é vivo sempre aparece.. fui até decorando o que iria falar, como contar as novidades. Aliás, para efeito de informação, estou solteira! é isso mesmo, descasei. Estou largando o emprego. Voltei a morar com meus pais, o que é complicado, voltar a ser filha, avisar, comunicar, nunca foi o meu forte. Sou uma pessoa livre, me sinto assim! Agora mais do que nunca. Chegar em casa razoavelmente tarde, e se deparar com o pai e ter que dizer onde estava, não que ele tenha perguntado, mas o susto, o olhar, já fui falando e talvez me justificando. E ainda tive que pedir dinheiro pra minha mãe para poder sair, porque estou falida. Me sinto envergonhada por isso, é tempo de vaca magra. Enfim, me senti um peixinho fora do aquário, mais uma qualquer ali, como se ninguém conhecesse, e de fato, se não tivesse encontrado uma amiga, não teria ficado mais do que 5 minutos. Estava com uma amiga de verdade, de anos, aquela que se ficarmos anos sem se ver, quando nos encontrarmos nada será diferente. Ao invés, "daquela" que é minha "amiga pelo que foi e não pelo o que é". Normal se decepcionar, já deveria ter me acostumado, eu espero demais das pessoas, e sempre das pessoas erradas, geniosas, bicudas.
Estou numa nova fase, e estou bem! Ressalto: nunca me senti tão bem! Sempre fui uma pessoa confusa, mas hoje estou certa de quem eu sou, quem eu quero ser, o que eu quero, o que eu tenho, quem eu fui, quem me tornei. Isso não são perguntas, porque a resposta eu sei de cor e salteado! Confesso, que às vezes, me sinto numa bolha, como se não pertencesse a lugar nenhum, mas isso são apenas devaneios. Deveria dizer quem eu sou? Me definir? Não posso, pois isso seria limitar. Mas darei um resumo: sou mãe! Só existo porque tenho meu filho, caso contrário, já teria desistido deste mundo cruel e injusto, seria covarde, mas deixaria esta vida.
Havia pegado minha personalidade e havia colocada-a numa caixa, exatamente isso, com a mudança me deparei comigo, aos pedaços distribuídos em caixas e esquecidos. Hoje estou eu, ao meu lado, olho ao meu redor e me reconheço. Está tudo do jeito que eu gosto. Por que fiz isso comigo mesma? É como se eu estivesse num casulo, agora saí pronta! Renasci, renovei... juntei os cacos, e me transformei. Sempre guardei uma "Mari" dentro de mim, mas esta já não é a mesma, está melhor, diga-se de passagem.
Ainda não posso dizer que estou feliz, mas também não estou triste, apenas satisfeita! Planos novos, trabalho novo em breve, eu espero, casa nova velha, é isso, parece que eu voltei no tempo, e o tempo que passou parece que não existiu, mas me afetou! Como um sonho ruim. Entendo melhor as coisas agora, e o que não compreendo, não tento mais! Sempre me senti complicada e mal compreendida, um pouco revoltada, mas isso tudo, fazia parte do meu aprendizado, foi necessário. De toda experiência aprendemos uma lição. Estou tentando ser suficiente pra mim mesma. Quero me livrar do álcool, de homens e de sexo, rsrs, só quero, mas não preciso. Se falo a verdade, magoo, se minto, iludo. E se não digo nada? Pra não ver, fechamos os olhos. Pra não ouvir, tapamos os ouvidos. E pra não sentir? O que que é que eu faço?
Sou intensa e ponto final. Tenho meus devaneios e pensamentos soltos (como gosto de chamar), e isso faz parte de mim. Tenho que parar de procurar um lugar pra ser feliz, parar de fugir. Companhia pro resto da vida eu já tenho, não acredito em felicidade, apenas em momentos felizes, e toda vez que olho pro meu filho me sinto feliz. Amo-o incondicionalmente, e com ele que descobri este tipo de amor. Só tive amores platônicos e de "verão", paixões, admirações e principalmente amizade confundida.Continuo achando que o verdadeiro amor é o primeiro... até ser mãe! O amor não muda, apenas cresce, e no meu caso transferiu, preencheu, completou, pois eu transbordava, precisava de alguém para amar, eis que ganhei um presente o melhor da minha vida, o contraditório, é que foi dado por alguém insignificante, mas isso não importa. Exerço bem meu papel, um dos meus melhores, e espero não fracassar nele. Espero muita coisa, da vida, mas não cobro nem pressiono, estou deixando as coisas "acontecerem", eu que não sou uma pessoa de esperar a estrela cair, vou lá e busco, assim me 'descreveu' uma grande amiga. Continuo evoluindo, amadurecendo, buscando, sobrevivendo.
