Não sou boa com as palavras. Com músicas, poemas, frases, fotografias, expresso o que sinto, do que gosto, o que ouço.
E essa foi a forma que encontrei de demonstrar, até pra eu mesma, como sou. Assim posso me ler, me escutar, me confundir, me relembrar e talvez me entender ...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Eu já dei risada até a barriga doer
Já chorei até dormir
Já me queimei brincando com vela
Já conversei sozinha e/ou com espelho

Já brinquei de ser bruxinha
Já quis ser astronauta (para poder ver a lua de perto), violinista, mágico, e até trapezista
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora
Já passei trote por telefone

Já tomei banho de chuva. E acabei me viciando
Já roubei beijos
Já fiz confissões antes de dormir num quarto escuro, pro melhor amigo
Já confundi sentimentos, peguei atalho errado e continuo a andar pelo desconhecido

Já raspei o fundo da panela de chocolate

Já chorei ouvindo música no ônibus
Já subi escondida no telhado pra tentar pegar estrela (e para comemorar a vinda de mais um ano)
Já subi em árvores
Já caí de bunda

Já fiz juras eternas
Já escrevi no muro da escola
Já chorei sentada no chão do banheiro
Já saí de casa pra sempre e voltei no outro instante

Já saí pra caminhar sem rumo, sem nada na cabeça
Já corri pra não deixar ninguém chorando
Já fiquei entre mil pessoas sentindo falta de uma só
Já vi pôr-de-sol

Já fiz rapel em cachoeira
Já me joguei ao mar sem vontade de voltar
Já bebi até passar mal
Já fiquei sentada na praça de madrugada, no frio, até sentir dormente todo meu corpo

Já olhei a cidade de cima, e ainda assim não encontrei meu lugar
Já cansei de chorar no colo da Keli
Já senti medo do escuro
Já a postei de correr de cavalinho na rua

Já quase morri de morrer, mas renasci pra ver o sorriso de alguém especial
Já fiquei triste por verem amigos e queridos partindo
Já me apaixonei e acreditei que era pra sempre. Mas era um pra sempre pela metade
Já deitei na areia de madrugada e vi a lua virar sol
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de esquecer
Quis conhecer a morte de perto. E agora anseio viver cada dia

E a vida e um ir e vir se razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados, registrados e guardados num baú chamado ♥

E agora um formulário me interruga, me encosta na parede e pergunta:
_Qual é a sua experiência?

Essa pergunta ecoa no meu cérebro:
_experiência... experiência...

_Será que ser plantador de sorrisos é uma boa experiência?
Me disseram que: Não! Pois, talvez, ainda não esteja preparada para colher sonhos e preencher planos!